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xvii Festival Romanistica
 

sintaxe, a análise do discurso, a linguística diacrónica, a tradutologia e o uso/aquisição de línguas segundas.

Três contribuições implicam a comparação entre o sueco e uma língua românica: a de Emanuel Bylund e Linn Andersson Konke na área da semântica (metáforas espaço-temporais no espanhol e no sueco), a de Karin Lindqvist na área da sintaxe (diferentes tipos de aposição do nome próprio em francês e sueco) e a de Mary-Anne Eliasson na área de estudo da aquisição simultânea de línguas primeiras (respostas curtas em sueco e português). Duas outras contribuições tratam da reprodução de certas estruturas léxico-gramaticais suecas na tradução literária do sueco para o francês: a de Maria Fohlin sobre os verbos de movimento e a de Maria Rosenberg sobre os substantivos compostos.

A análise do discurso pertencente a diferentes géneros constitui outra área importante, com o artigo de Malin Roitman dedicado a debates televisivos em francês, o de Igor Tchehoff, ao aspeto económico no discurso de romanceiros veristas italianos, e o de Maria Tell tratando da oposição subjetividade-objetividade em artigos de notícias de jornais diários italianos.

Três dos artigos dedicam-se à descrição de diferentes tipos de marcadores discursivos em espanhol: o de Johan Falk sobre o uso em falantes nativos de adjetivos modificados por “maximizadores”; o de Johan Gille sobre o uso dos “apêndices conversacionais” em falantes nativos; finalmente, o de Lars Fant sobre as partículas entonces e igual em falantes nativos e não nativos.

Thomas Johnen analisa os verbos volitivos em português através de uma abordagem sintática, semântica e pragmática, enquanto que Olof Eriksson examina os “pro-verbos” do francês a partir de uma perspectiva diacrónica. Finalmente, o artigo de Ingmar Söhrman abrange uma questão gramatical comum a todas as línguas românicas: o tempo mais-que-perfeito nas suas diversas formas e usos.

Esperamos que esta recolha de artigos aumente o interesse pela pesquisa na área de Linguística Românica e que sirva de inspiração para os alunos que serão os futuros pesquisadores. Com este volume tencionamos mostrar que as línguas românicas constituem um campo de pesquisa unitário e que a perspectiva comparativa é um caminho frutífero.

Além dos organizadores deste volume, os seguintes romanistas da Universidade de Estocolmo, sendo todos orientadores de tese da FoRom, integraram o comité de redação: Inge Bartning (francês),