This page has been proofread.
21
Tal da memoria o cumulo
Sobre aquella alma cae.
Que vezes elle aos posteros
A si narrar-se vae;
E sobre a eterna pagina
Tomba a cansada māo!
Que vezes elle, ao tacito
Morrer d՚ignavo dia,
Baixo o olhar fulmineo,
Braços cruzados, via
Os dias que já forāo-se
A mente lh՚ assaltar!
As moveis tendas lembrāo-lhe
Dos muros os abalos,
Dos sabres os relampagos,
A onda dos cavallos;
O concitado imperio,
O prompto obedecer.
Talvez ao crú martyrio
Cedeu o forte seio;
Desesperou; mas valido
Braço celeste veio,
E para um ar mais limpido
Piedoso o transportou.