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SONETO.
Por Helena Vacaresco (da Roumania).
O que procuro em tí nāo é ebriedede,
Nem o gozo de um desejo tresloucado;
Nāo me arde a māo se a tua tem tocado,
Nem minha fronte á tua proximidade.
No teu olhar nāo busco a saciedade,
Nem sei se é azul claro ou carregado;
Porem entre teus braços enlevado
Sinto somente a minha felicidade.
Tentem outros embora folhear
Esse teu coraçāo que não abri,
Fal-os-has arroubados delirar
Em verdes trilhos que eu nāo conheci;
Mas teu doce sorriso a contemplar
Vou sonhando com o cen que nunca vi.